
“Procura baixa e meta distante: Pernambuco luta para vacinar prioritários contra a
Pernambuco já aplicou pouco mais de 1 milhão de vacinas contra a influenza em seu público-alvo, composto por crianças, gestantes e idosos, mas ainda enfrenta uma baixa procura entre esses grupos. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), com base nas informações do Ministério da Saúde.
Apesar da disponibilidade da vacina para toda a população a partir dos seis meses de idade, apenas 1.064.931 doses foram aplicadas até o momento, de um público-alvo de cerca de 3,8 milhões de pessoas. Entre as 2.196.163 pessoas consideradas prioritárias, apenas 28,12% se vacinaram até agora.
Os idosos foram os que menos buscaram a imunização, com apenas 28,8% das doses aplicadas no público-alvo de 1.426.907 aptos. A baixa cobertura vacinal também é preocupante entre gestantes e crianças. Apenas 11,2% das grávidas e 28,8% das crianças aptas foram vacinadas.
A SES-PE ressaltou que a meta é imunizar 90% do público prioritário, que inclui também povos indígenas, pessoas com comorbidades, profissionais da saúde, professores, forças de segurança, população privada de liberdade e pessoas com doenças crônicas ou deficiências.
Para aumentar a adesão à vacinação, os municípios pernambucanos estão realizando estratégias como horários alternativos nos postos de saúde, visitas domiciliares e vacinação em locais de grande circulação. A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, iniciada em abril, visa a aumentar as coberturas vacinais em todo o país.
Além disso, neste ano a vacinação contra a gripe foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos, tornando a proteção permanente para esses grupos. A SES-PE destaca que a vacinação é fundamental para proteger a população e reduzir a circulação do vírus, aliviando a pressão sobre os serviços de saúde, especialmente durante a sazonalidade dos vírus respiratórios.
Em decorrência do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e das altas taxas de ocupação de leitos de UTI neonatal e pediátrica, o Governo de Pernambuco decretou situação de emergência na saúde pública. As taxas de ocupação estão em 93% nas UTIs pediátricas, 100% nas UTIs neonatais e 89% nas enfermarias pediátricas, com 61 crianças aguardando vaga na UTI.