Investidor em Criptomoedas Preso por Fraude Milionária e Ligação com Homicídio
Brasília — Pablo Henrique Borges, um jovem investidor de 28 anos, foi preso esta manhã pela Polícia Civil de São Paulo. Borges é acusado de participar de um esquema financeiro que resultou em um prejuízo de R$ 400 milhões e de ser um dos mandantes do assassinato de Anselmo Becheli Fausta, um conhecido traficante internacional. A detenção ocorreu em uma luxuosa mansão em Angra dos Reis, onde ele residia temporariamente.
Detalhes da Operação
A prisão foi executada por agentes da 38ª DP (Brás de Pina) após intensa vigilância do setor de inteligência da delegacia. Borges, que é também fundador da E-Price Capital Participações, é investigado por suas conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC), agindo supostamente como braço financeiro da facção através da lavagem de dinheiro em criptomoedas.
A Trajetória de Borges
Antes de sua ascensão financeira, Pablo era um simples instalador de computadores na Região Metropolitana de São Paulo. No entanto, rapidamente escalou para uma vida de ostentação, evidenciada por posses de carros de luxo italianos e deslocamentos frequentes de helicóptero. Em 2017, alugou um iate por uma diária de 42 mil Euros para assistir ao Grande Prêmio de Fórmula 1 em Mônaco.
O Esquema de Fraude
O esquema liderado por Pablo envolvia a oferta de pagamento de boletos com 50% de desconto através de redes sociais e WhatsApp. Os clientes pagavam metade do valor do boleto ao grupo, que então quitava os boletos através da invasão de contas bancárias. Este sistema resultou em um prejuízo estimado em R$ 400 milhões, afetando cerca de 23 mil contas bancárias.
Assassinato e Investimentos
A investigação também revelou que Pablo era um dos mandantes do assassinato de Anselmo Becheli. A motivação seria um desacordo financeiro relacionado a um investimento de R$ 100 milhões pertencente a Becheli, membro do PCC, que desapareceu sob a gestão de Borges.
Consequências e Investigações Adicionais
Pablo já havia sido preso anteriormente em 2018, durante a Operação Ostentação, mas foi liberado após dois dias em troca de colaboração com as investigações, permanecendo em prisão domiciliar. A polícia também realizou buscas em outra residência de Borges no Morumbi, onde apreendeu um Porsche Taycan, passaportes, e documentos importantes.
A influenciadora digital Marcella Portugal Borges, esposa de Pablo, também está sob investigação por sua potencial participação nos negócios ilícitos do marido. As autoridades continuam a examinar as ramificações deste caso complexo, prometendo atualizações conforme novas informações surgirem.