O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro afirmou em delação premiada que o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), recebeu propina da empreiteira em troca de liberação de recursos. Os fatos relatados são da época em que Bezerra Coelho era ministro do Integração Nacional (de 2011 a 2013), no governo Dilma (PT), e por obras do governo de Pernambuco (de 2007 a 2010), comandado então por Eduardo Campos (PSB).
As informações foram publicadas pelo jornal O Globo nesta 2ª feira (30.set.2019).
De acordo com a publicação, as declarações de Pinheiro devem servir para complementar as investigações tocadas pela PF (Polícia Federal). O órgão comandado pelo ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) realizou em 19.set.2019 operação de busca e apreensão nos endereços de Bezerra Coelho e de seu filho, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE).
Na época da operação da PF, Bezerra Coelho colocou o cargo dele à disposição de Jair Bolsonaro. O presidente disse que não iria fazer mudanças enquanto não houvesse provas concretas contra o senador.
Na delação de Pinheiro, homologada pelo Supremo Tribunal Federal no início do mês, são relatados os seguintes fatos:
Em nota enviada ao O Globo, o advogado André Callegari, que faz a defesa do senador Fernando Bezerra, afirmou que não teve acesso à delação, mas que “conforme jurisprudência já assentada pelo Supremo Tribunal Federal, a palavra do colaborador isoladamente não é apta sequer para receber uma denúncia”. “Ressalta ainda que o senador não foi candidato em 2010 e não teve participação na coordenação da campanha do governador Eduardo Campos à reeleição. O senador confia que a investigação será arquivada”, afirma.
Ao O Globo, o ex-governador Teotônio Vilela Filho afirmou, em nota, que desconhece a delação e que “nunca recebeu vantagens indevidas, de quem quer que seja, em toda sua vida pública”. Disse ainda que os recursos de campanhas foram declarados à Justiça Eleitoral.
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